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domingo, 26 de junho de 2011

Mortuária de Tobe Hooper


Viver do passado. Essa é uma característica que definitivamente se adequou ao diretor Tobe Hooper. Desde que escreveu seu nome na história dos filmes de terror com os clássicos, O Massacre da Serra Elétrica (The Texas Chain Saw Massacre, 1974) e Poltergeist – O Fenômeno (Poltergeist, 1982), que ele não conseguiu mais fazer nenhum trabalho de qualidade. Prova maior disso é Mortuária(Mortuary, 2005), mais recente filme do diretor que chega, em DVD, ao mercado nacional. Com uma história fraca, a forma que os produtores acharam para vender o filme, foi colocar estampado com mais destaque do que o próprio título a chamada: “Do Diretor de Poltergeist e O Massacre da Serra Elétrica”.O filme conta a história dos Doyle, uma família que está de mudança para uma pequena cidade, onde a mãe, Leslie (Denise Crosby,Impacto Profundo, 2000) está preste a assumir um novo emprego: preparar cadáveres para serem enterrados. Acompanhada dos filhosJonathan (Dan Byrd, do remake Quadrilha de Sádicos, 2006) e Jamie(Stephanie Patton, também de Impacto Profundo), a família vai morar em uma casa que fica ao lado do cemitério local.




O lugar é conhecido como assombrado por causa de uma família que morava na mesma residência e tinha um filho deformado chamado Bobby, que desapareceu misteriosamente na década de 60, sendo que, alguns anos depois, foi a vez dos pais dele aparecerem violentamente mortos. Tal episódio se transformou em uma espécie de lenda urbana local que dizia que o tal Bobby não havia morrido e vivia em algum lugar escondido no cemitério. Com a chegada da família Doyle, uma estranha substância que sobe do solo toma conta da casa e acaba transformando os vivos em zumbis e fazendo os mortos voltarem a andar.Garoto deformado que mora no cemitério? Substância estranha no solo? Confuso? Bastante. Esse é um dos principais problemas de Mortuária. O filme começa até bem com um enredo que desperta interesse, como a família que vai morar em uma casa na qual o porão é abarrotado de cadáveres. Aliás, a residência possui um interessante ar mórbido, o que ajuda a criar um interesse pelo filme. Isso sem falar na vizinhança: um antigo cemitério.Mas após cerca de 10 minutos, quando a ação do filme realmente começa, o público é jogado em uma história que, além de fraca, não possui ritmo e pior, não consegue assustar ninguém. Fruto dos roteiristas Jace Anderson e Adam Gierasch, responsáveis pelos não muito bons, Crocodilo (Crocodile, 2000) e Ataque dos Ratos (Rats, 2001), a história peca principalmente por ser um caldeirão que mistura várias vertentes do gênero.Temos a referência aos mortos vivos, às casas assombradas e cemitérios estranhos. Mas será em uma das obras do diretor Tobe Hopper que o filme encontrará sua maior referência, produção que, infelizmente, é considerada como um dos piores trabalhos de Hopper: O Massacre da Serra Elétrica 2(The Texas Chainsaw Massacre 2, 1986). Seqüência do clássico da década de 70, esse segundo filme foi um fiasco por conter um roteiro fraco e que levava os acontecimentos para um lado digamos… cômico, que obviamente não agradou a maioria dos apreciadores do gênero.Mortuária até que não tem esse tal lado cômico, embora a seqüência de Leslie arrumando o seu primeiro“cliente” seja de rolar de rir. As semelhanças se dão pelo lado humano – demente do assassino, que hora corre atrás de todo mundo e depois fica com pena de uma das suas vítimas que lhe oferece bombom. Outro ponto idêntico é a caverna que o vilão mora. Uma cópia idêntica da qual acontece a ação do Massacre 2. A semelhança dos corredores é tamanha que em determinado momento se tem a impressão de que a qualquer hora vão cruzar a cena Caroline Williams fugindo de Leatherface, respectivamente a mocinha e o assassino doMassacre da Serra Elétrica 2.O elenco também deixa muito a desejar, embora os personagens, na verdade o roteiro, não ofereça muitas opções para nenhum dos atores, que na sua maioria gritam para lá e para cá. Apesar dos membros da família Doyle estarem até dentro do aceitável, são os coadjuvantes que competem para o título de canastrão da trama. E olha que tem de tudo, desde os adolescentes punks, uma em especial,Courtney Peldon que parece uma mistura das cantoras Courtney Love e Christina Aguilera. E tem para todos os gostos, do policial valente até a dona de uma lanchonete. Um pior que o outro.




E por falar em personagem, o vilão, ou assassino, ou sei lá o quê vivido por Price Carson consegue ser completamente esquecível e pior, sua caracterização é uma das mais fracas dos últimos anos. E quando você acha que o filme está acabando, vem uma das piores surpresas da trama: o apoteótico final com efeitos especiais de quinta categoria que terminam por sepultar qualquer boa lembrança que se poderia ter deste filme. Ah, e se prepare para o susto final. Além de previsível, ele não funciona e não acrescenta em nada ao filme.Em determinado momento os admiradores dos bons trabalhos de Hooper vão se perguntar como o homem que dirigiu dois filmes importantes da história do gênero pode ser o mesmo que comandou este Mortuária? A resposta vem ao explorar a filmografia do próprio diretor que sempre se mostrou irregular. Apesar de excelentes filmes no currículo como Massacre da Serra ElétricaEaten Alive (1977), Poltergeist e Pague Para Entrar, Reze para Sair (The Funhouse, 1981), Hopper também já assinou produções fracas como A Morte Veste Vermelho (I´m Dangerous Tonight, 1990) e Noites do Terror (Tobe Hooper’s Night Terrors, 1993), sem mencionar O Massacre da Serra Elétrica 2. Por isso, não caia na propaganda enganosa. Quando estiver andando pelos corredores de uma locadora e se deparar com este Mortuária “Do Diretor de Poltergeist e O Massacre da Serra Elétrica”, passe longe. Mas se a vontade for maior do que economizar o valor da locação, muna-se de alguns artifícios para não virar vítima do filme, como um controle remoto para avançar as cenas mais chatas, ou seja, o filme quase todo.

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