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domingo, 19 de junho de 2011

O Trem Fantasma de Tobe Hooper



Criador de clássicos como O Massacre da Serra Elétrica (The Texas Chain Saw Massacre, 1974) e Poltergeist - O Fenômeno (Poltergeist, 1982), o diretor Tobe Hooper também foi responsável por uma pequena produção realizada em 1981, que não virou referência, não marcou época e nem alcançou sucesso nas bilheterias. Recebendo no Brasil o título de Pague Para Entrar, Reze Para Sair (The Funhouse), o filme pode não ter feito história como os grandes sucessos de Hooper, mas é lembrado até hoje pelo público por contar uma história simples e interessante que é a cara dos anos 80, além de utilizar como cenário um parque de diversões. Desenvolvendo essa idéia, Hooper mostra como diferente e aterrador pode se tornar um local que passa a ser conhecido a partir de quando as luzes são apagadas. 


Ao começo do filme conhecemos a jovem Amy (Elizabeth Berridge), que ao lado do namorado Buzz (Cooper Huckabee) e de um outro casal de amigos (Largo Woodruff e Miles Chapin) procura alguma forma de entretenimento para passar a noite. Logo o lugar escolhido será um parque de diversões que acabou de chegar na cidade. Primeiramente Amy se mostra contrária à idéia de seguir com o grupo por causa de uma história envolvendo duas garotas que desapareceram após terem ido para o tal parque alguns anos antes. Ela acaba sendo convencida pelos amigos do contrário e segue escondida dos pais. Uma vez no local, os amigos começam a se divertir com as atrações até que Buzz tem a idéia do grupo descer dos carrinhos do trem fantasma durante o percurso do brinquedo e se esconder dentro do mesmo para passar a noite no parque fechado. O plano é executado com sucesso e o grupo permanece no interior do trem fantasma sem ser notado no momento em que o parque já está encerrando as suas atividades. Os quatro amigos saem de seus esconderijos e começam a explorar o local, até que, curiosos, começam a observar através de uma janela o que está acontecendo dentro de uma sala. Eles verão então que nem todos os funcionários do local têm aparência ou comportamento como o de pessoas normais, como o filho mutante do dono do parque que possui rosto deformado e comportamento insano. E o que seria uma noite de diversão, vai se transformando aos poucos no mais real dos pesadelos para os amigos. 


Claro que em pouco tempo o grupo será descoberto, claro que serão perseguidos e mortos um por um, claro que quase todos vão morrer, restando apenas um sobrevivente e não será difícil descobrir quem será essa pessoa sortuda. Pague Para Entrar não é um filme para se ter grandes surpresas. Trata-se de uma produção ruim por isso? Claro que não. Tobe Hooper consegue criar um interessante clima de medo dentro do parque, aliás, um dos grandes acertos do diretor foi o de pegar a idéia de parque de diversões e reinventá-lo de forma a causar medo. Algo na verdade não muito difícil de ser feito. Você já esteve em um parque de diversões fechado e durante a noite? Trata-se de um local realmente assustador. No lugar de risos e barulho temos silêncio, escuridão, vazio. Em outras palavras, um ambiente realmente macabro e será nesse novo universo que os quatro amigos vão passar a noite tentando sobreviver a algo que eles não sabem ao certo o que é. Visto hoje pela primeira vez, o filme seria capaz de provocar risos ou constrangimento em uma platéia acostumada com grandes produções do terror atual, repleto de cenas editadas especialmente para provocar susto e de efeitos digitais bem realizados. Para essas pessoas, a já longínqua década de 80 parece ter acontecido na verdade há mais de 100 anos tamanha a evolução que o gênero tenha passado até hoje. Claro que atualmente temos excelentes produções assim como grandes porcarias, mas seria injusto renegar o valor que os filmes de terror dos anos 80 tiveram para a época e como influenciaram parte das atuais produções. E Pague Para Entrar tem justamente esse estilo anos 80, seja na própria forma da história ser conduzida ou simplesmente no figurino usado pelo elenco. Mas engana-se quem pensa que dar a um filme o rótulo de anos 80 é algo negativo. Para o cinema do terror foi uma época de boas obras e na qual as produções se tornaram bastantes populares para o grande público. 


O cinema de terror sempre apostou em monstros e situações de medo para vender seus produtos. Desde a primeira vez que filmes com múmias, homens lagartos e Frankensteins foram realizados, o cinema simplesmente passou a aprimorar cada vez mais este conceito. Tudo na vida acontece na forma de evolução e no cinema não poderia ser diferente, seja na forma de filmar, de editar e até mesmo de lançar um filme. E no começo dos anos 80, novas produções estavam sendo apresentadas ao mundo, como as séries Halloween (1978) e Sexta-feira 13 (Friday the 13th, 1980). E durante toda a década várias obras de peso foram surgindo como A Hora do pesadelo (Nightmare on Elm Street, 1984), Hellraiser (1986), entre várias outras. Trabalhos que existem e são cultuados até hoje, independente da qualidade de cada um. E foi nesse contexto que Pague Para Entrar, Reze Para Sair foi concebido. Uma época onde vários filmes foram produzidos com orçamentos pequenos, elenco pouco conhecido ou iniciante, personagens com pouca ou sem nenhuma profundidade e diretores criativos. O resultado podia ser positivo ou negativo. 
Em Pague Para Entrar, o diretor Tobe Hooper vai conduzindo a trama de forma a criar um ambiente claustrofóbico para os personagens. Salas escuras e apertadas são exploradas para causar a sensação de que as vítimas em potenciais não têm para onde fugir. Cada corredor pode significar morte certa e em alguns momentos os personagens se vêem literalmente sem terem para onde fugir. Hooper consegue criar esse clima aos poucos e de forma interessante. Natural do Texas, Hooper dirigiu em 1974 o clássico Massacre da Serra Elétrica, realizando um dos filmes mais perturbadores e violentos do gênero conseguindo impressionar até hoje. Por esse motivo já pôde gravar seu nome na calçada da fama do terror. Dono de uma carreira irregular, Hooper dirigiu bons exemplares do gênero, como Eaten Alive (1976), Poltergeist (1982), além de episódios de séries como "Freddy´s Nightmare" (1988) e "Tales from the Crypt" (1989). Como ninguém é perfeito, ele também deu algumas mancadas durante a carreira como A Morte Veste Vermelho (I´m Dangerour Tonight, 1990) e Noites do Terror (Tobe Hooper's Night Terrors, 1993). A pior delas, no entanto foi ter dirigido a bomba cômica chamada O Massacre da Serra Elétrica 2 (The Texas Chain Saw Massacre 2, 1986). 

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