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domingo, 20 de março de 2011

Virús: sobrevivendo ao holocausto













































Uma das discussões frequentes dos filmes de ambientação pós-apocalíptica é a ética da sobrevivência. Sem uma estrutura de governo, o que nos resta? se não pudermos ser punidos por nossos atos temos o direito de agir como bem entendermos, sem a preocupação com o próximo? onde fica a religião, a sociedade e a família nesse contexto? Dirigido e escrito pelos espanhóis irmãos Àlex e David Pastor, o modesto Vírus (Carriers, 2009) aborda todos esses temas sem preocupar-se com respostas. São as perguntas que interessam.
É interessante como a dupla pega um gênero consagrado e muda seu ritmo. Apesar de parecer a todo instante um filme de zumbi - casas abandonadas, infectados aqui e ali, uns poucos sobreviventes desesperados... , o filme jamais apela para os sustos ou sequências explosivas. Ainda que às vezes tenha um rosto, o grande inimigo, obviamente inspirado na paranoia midiática do H1N1, é mesmo invisível - como na emblemática cena da mancha de condensação no couro do automóvel. As grandes decisões morais também não têm grande impacto. São tratadas de forma lógica. A música não sobe demais, a câmera mantém sua distância...



Dessa forma é talvez uma das produções mais realistas sobre pandemia já realizadas, ainda que não recorra à atual obviedade da câmera documental, que seria a opção estética ao roteiro de 9 entre cada 10 diretores emergentes. Os cineastas também brincam com as expectativas do público, especialmente na cena de abertura, em que somos levados a crer que o quarteto protagonista está numa cotidiana road tripA história é conhecidíssima. Na estrada, um grupo de quatro amigos tenta fugir de uma infecção viral em vasta escala em um cenário pós-apocalíptico, buscando refúgio em um local onde foram felizes no passado.
Leia esse parágrafo isoladamente parecerá que trata-se da sinopse de um Zumbilândia: basta trocar a praia de Turtle Beach, objetivo em Vírus, pelo parque de diversões da comédia com mortos-vivos. Até o personagem Brian (o novo capitão Kirk Chris Pine) tem pontos em comum com o Tallahasse de Zumbilândia... com a diferença de que seus excessos são uma espécie de filtro para a devastação ao seu redor.Até as regras de sobrevivência dos protagonistas encontram ecos nos dois filmes.A ensolarada fotografia de Benoit Debie e os pequenos toques de cenografia são igualmente bons. É especialmente genial a cena que se lê brevemente no letreiro de um posto de gasolina abandonado "Mike is d3ad. Meet at Dads". Naquele contexto, um segundo de filme desdobra-se em uma história paralela, ativada na imaginação do público. Faz vir à mente o conto de seis palavras de Ernest Hemingway, "For Sale: Baby Shoes, Never Worn". Só por isso e pelas perguntas que deixa, já valeria a visita.


TRAILER DE VIRÚS:

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