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sexta-feira, 15 de abril de 2011

Rubber:o pneu assassino





Uma das grandes vantagens (se é que podemos contar vantagem disso) de curtir o gênero fantástico, é a elasticidade das premissas em que os roteiros se baseiam. Em uma comédia romântica, por exemplo, você jamais iria curtir ver Jennifer Aniston de caso romântico com um macaco ou um drama sobre o preconceito que o café descafeinado sofre entre os seus pares, resumindo, para estes e outros segmentos do cinema existem fórmulas pré-existentes que engessam os viéses criativos e a ousadia de roteiristas e diretores, além do que, o mínimo que se espera é que a estas produções façam algum sentido lógico.Agora o gênero terror é privilegiado de bizarrices e criatividade extrema: Temos filmes sobre demônios, assassinos mascarados, fantasmas e monstros, casas mal assombradas e coisas ainda mais estranhas como bebidas que derretem mendigos, camisinhas que atacam pessoas e até centopéias humanas, mas nunca, em meus sonhos mais selvagens, poderia pensar que alguém teria a capacidade de escrever e imprimir em celulóide um filme sobre um pneu assassino.Sim, um pneu daqueles pretos redondos que você deve ter pelo menos cinco no seu carro, você não leu errado e seus olhos não te enganam, é um filme sobre um pneu assassino. Ah! E como se não fosse suficiente, não somente ele anda (ou roda, como seria mais apropriado), mas também tem vontade própria e poderes telepáticos.Pessoal é normal se impressionar,achar loucura o que é mentira, mas realmente esse filme existe,e se chama RUBBER (que ainda bem não teve o título traduzido, ou você se animaria a assistir a algo como BORRACHA, O FILME?) e teve sua premiere brasileira em concorridas sessões da edição de 2010 do Festival Internacional de Cinema do Rio de Janeiro.



RUBBER foi cometido pelo cineasta francês Quentin Dupieux (mais conhecido por sua carreira na música eletrônica) que assina direção, roteiro, fotografia e edição, mas como já podem perceber não poderia ser levado a sério obviamente, pois ninguém em sã consciência faria isso O roteiro, se é que podemos chamar desta maneira, começa com explosões e atropelamentos de cadeiras no deserto, quando chega um grupo de pessoas para assistir a um suposto “filme” e são recepcionados pelo Xerife (Stephen Spinella) – ou pelo ator que interpreta o Xerife neste “filme”, você vai entender – onde começa um hilário monólogo sobre os momentos “sem razão” do cinema: Por que o E.T. de Spielberg é marrom? Sem razão. Por que em O MASSACRE DA SERRA ELÉTRICA os personagens nunca vão ao banheiro? Sem razão… E a conversa vai aumentando até declarar explicitamente o tom de RUBBER: É uma homenagem ao “sem razão”, pois a própria vida é repleta de momentos “sem razão”. Depois de sua fala, ele vai embora no porta malas do carro de polícia(!), e seu estranho auxiliar (Jack Plotnick) distribui binóculos aos espectadores.Contudo não há tela, projetor ou palco para o tal espetáculo, só o que eles avistam neste cenário insólito é um monte de lixo mais a frente. E tem um detalhe nessa interação entre esse público do deserto e a ação que chega a ser engraçado: Não importa aonde os eventos estejam ocorrendo, eles sempre são capazes de ver o que está acontecendo com seus binóculos, mesmo nas cenas entre quatro paredes!



Os créditos iniciais rolam e somos apresentados ao nosso personagem principal, Robert… Esqueci de dizer, deram um NOME ao pneu! Ele está parcialmente enterrado no solo arenoso quando repentinamente começa a se mexer e, como um bebê, aprende a dar suas primeiras voltas caindo muitas vezes, e o milagre acontece, ele está vivo e vagando numa boa pelo deserto. Então Robert encontra uma garrafa de água e a amassa, mas quando na sequencia tenta rolar sobre uma garrafa de vidro não consegue executar sua maldade. É quando são demonstrados os “poderes telepáticos” do pneu, ele começa a chacoalhar e fazer um barulho ensurdecedor até que a garrafa se quebra e Robert segue o seu caminho.Esta primeira parte fica só nisso, o pneu rolando por aí e destruindo objetos e animais com seus poderes, até que chega a rodovia e conhecermos Sheila (Roxane Mesquida) uma bela garota que está indo de carro para a casa da mãe. Robert usa seus poderes para fazer o carro desligar, contudo antes que pudesse machucar a menina é atropelado por uma caminhonete e ela segue viagem. Só que o pneu agora parece obcecado e vai destruir quem se colocar em seu caminho para chegar até ela.A primeira vitima humana é o motorista que atropelou Robert anteriormente, ele está colocando combustível em sua caminhonete no posto e novamente com seus poderes de destruição,ou melhor dizendo uma (explosão de cabeça)ele faz jus em vingança.Robert segue viagem até aonde ficaremos até o fim, um motel fuleiro de beira de estrada onde Sheila passará a noite, e após alguns outros assassinatos, o Xerife aparece para colocar ordem no local,e com uma díficil missão destruir o pneu,melhor dizendo Robert.



Ninguém obviamente acredita no filho do dono do hotel que viu o pneu entrando em um quarto e trancando a porta por dentro(!) para matar a camareira ou que o hospede do lado do quarto de Sheila, que assiste televisão em alíssimo volume, é um objeto que normalmente seria inanimado, contudo não tarda muito para que os oficiais da lei avistem com seus próprios olhos e comecem a caçada antes que mais cabeças sejam explodidas.Gente, convenhamos, este “roteiro” não é exatamente um roteiro, são passagens de ideias (muitas criativas, outras nem tanto) que foram amontoadas para criar um senso de continuidade e de história. Um pouquinho diferente e seria um filme de sketches. Só que eu tenho que dar o braço a torcer, o desafio de Dupieux em criar algo nos moldes de RUBBER (e a introdução do Xerife é esclarecedora nesse ponto) é comparável a Stephen King e seu caminhão do Goblin Verde em COMBOIO DO TERROR, George Romero em A NOITE DOS MORTOS VIVOS e Michael Haneke e seu VIOLÊNCIA GRATUITA(que eu odiei, mas não vou ficar gastando tempo falando disso aqui), que também são basicamente filmes aonde as coisas acontecem sem motivo algum. Só que tenho minhas dúvidas em qual lado Dupieux estava na fronteira entre a genialidade e a completa maluquice.



Trailer 1 de Rubber:



Trailer 2 de Rubber:


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