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domingo, 7 de agosto de 2011

Corrida mortal de Paul W.S Anderson



Quem conhece o produtor, roteirista e diretor Paul W. S. Anderson por suas adaptações de games ao cinema, como Mortal Kombat Resident Evil, não vai estranharCorrida Mortal (Death Race, 2008). Na verdade, dos filmes de Anderson Corrida Mortal é o que mais se parece com um videogame.No filme - que em teoria é baseado em Corrida da Morte - Ano 2000 (1975) mas não tem nada a ver com o original -Jason Statham vive um ex-piloto condenado por um crime que não cometeu. Mas ele pode ganhar a liberdade se aceitar correr na tal corrida: uma carniceira disputa em arena fechada, televisionada para o mundo todo, organizada pela diretora da penitenciária (Joan Allen). Como o próprio nome diz, o difícil é chegar vivo à bandeirada final.


As analogias mais visíveis com os videogames vão de itens na pista (defesas e armamentos que se coletam no melhor estilo Mario Kart), passando pelas informações na tela (vinheta da corrida, colocações dos pilotos), até a distribuição dos desafios (depois da morte de alguns corredores surge um "chefe-de-fase", corrida dividida em três estágios, etc.). Mas também o didatismo de Corrida Mortal tem mais a ver com o imediatismo dos games do que com cinema.A começar pela apresentação de Jason Statham, uma imensa cut-scene. Anderson deve usar, nos primeiros cinco minutos, umas três formas diferentes de nos empurrar que aquele personagem é "um homem bom": trabalhador, bom pai, justo, amigo, amoroso. Chegando na prisão, é o protocolo de sempre: ele vai surrar o cara mau pra marcar terreno, apanhar do guarda e vai ficar amigo do detento sábio/veterano/intelectual.


Anderson não se limita a seguir todas as fórmulas, ele quer deixar tudo bem explicado. Quando a gostosa desce do carro, por exemplo, toca ao fundo um rap com voz feminina, "I'm so sexy...". Quando uma cena vai ser climática, ou já foi, o "detento sábio", vivido por Ian McShane, sempre tem uma frase de efeito: "Senhores, isso vai ser interessante""Isso que é entretenimento" ou a clássica "Eu adoro esse jogo".O lado ruim de ficar analisando o filme, ao invés de se deixar anestesiar pelos tiros, é que as trapaças do roteiro irritam, de tão evidentes. Statham tem co-piloto, por exemplo, porque o diretor quer nos explicar do cockpit todas as regras da corrida nos mínimos detalhes. E a diretora da penitenciária tem um ajudante sádico porque ela precisa verbalizar seus planos, deixar claro o que pretende com o herói (e vilão que fala sozinho é cientista maluco ou saído de paródias de 007).
Corrida Mortal é uma ordenação sem fim de didatismos que subestimam a capacidade do espectador de entender algo por si próprio (sem contar a clicheria, claro, do ajudante nerd, do mecânico latino, das equipes divididas entre negros, orientais e russos, etc.). E como o filme tem formato de jogo, Anderson ainda nos dá o replay daquela cena marcante da corrida. É o hiperdidatismo.Ou seja, se você se contenta com uma gostosa em câmera lenta, vá em frente. Se não gosta que te tratem como idiota, vá jogar um videogame de verdade.

Trailer de Corrida Mortal:




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