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domingo, 10 de julho de 2011

Triângulo do Medo:o terror está a bordo!



Uma coisa que o terror tem ao seu favor é a boa vontade de seus verdadeiros fãs, quem gosta do estilo deixa passar um monte de lugares comuns, estruturas repetitivas e algumas mentirinhas para o bem da diversão. É nesse ponto queTriângulo do Medo sai na frente de uma boa maioria de produções do estilo.Escrito e dirigido pelo interessado Christopher Smith, que já provou um certo conforto no gênero com o mais que competente Plataforma do Medo (que chegou por aqui direto em DVD), Triangulo do Medo tem o mesmo destino direto para as prateleiras, assim como merece a mesma atenção. Nele, um grupo de amigos sai em uma viagem de veleiro e, após uma tempestade, acabam naufragando e dando de cara com um enorme navio aparentemente abandonado. Logo, um por um começam a ser assassinados por uma figura solitária e o terror se instala




Logo mesmo, já que pouco pisam no navio, a maioria encontra o mesmo destino, o que deixa o espectador mais próximo ainda da trama, já que tem suas certezas despedaçadas quando a mocinha acaba, bem antes da metade do filme, com o assassino e, por um segundo se vê sozinha, desamparada pelos clichês. Mas cabe a um roteiro acertado fazer disso sua válvula mestra, já que o terror do filme não está nessa imitação barata de algum slasher sangrento em um navio fantasma, mas sim de um terror psicológico que chamará a atenção, não só para uma idéia bacana, como por um capricho narrativo que a faz funcionar.É preciso dizer que, qualquer informação depois desse ponto estragaria boa parte das surpresas do filme, que é o que o faz sobreviver. Dali em diante Smith coloca em prática um pequeno labirinto psicológico temporal que carregará o espectador até o último frame.Não que o diretor inglês faça nenhuma obra de arte, mas só de tentar enganar seu espectador já consegue dar a ele um novo filme a partir dessa quebra. Diante de uma estrutura intrincada, onde talvez se revisitado, até acabe apresentando um ou outro furo mais proeminente, quando visto de primeira, tanto nenhum escorregão pula aos olhos como deixa claro um cuidado com tudo aquilo para que nada perca o sentido dentro de suas reviravoltas, mostrando um controle total sobre onde pretende chegar. O que não desvia a atenção de ninguém e faz com que o espectador aceite esse suposto slasher corriqueiro antes de esfregar uma outra história em suas caras




Smith só perde um pouco a atenção de seu espectador diante de um fraquíssimo elenco e um grande navio feito de pixels, sem ambos presentes para convencer ninguém. O resto do tempo acaba fazendo um trabalho de câmera esforçado, que se perde pelos corredores do navio, como em um labirinto repleto de opções, faz questão de sempre criar uma ou outra cena mais marcante, principalmente para revisitá-la depois por outro ponto de vista e até se mostra preocupado com algumas composições cheias de referencias visuais, como o monte de espelhos presentes e o disco arranhado, coisas que só completam ainda mais o clima do filme.Ainda falando em referencias, o roteiro só escorrega um pouco, ao forçar pseudo explicações para o nome do navio e até do veleiro, esse segundo que ainda batiza o título original e vai logo despertar em todos uma relação, inexistente, com o famoso Triangulo das Bermudas, um monte de informações que, em outras situações, completariam uma trama que precisaria disso para criar um clima, bem diferente dessa, onde a própria situação cria o terror sem precisar de muita explicação para nada, deixando mais ainda com que o espectador se divirta, não só em um exercício para ligar tudo que está vendo, como um outro onde se permite criar tanto o antes, quanto o depois, de tudo aquilo. Um filme que, mesmo pequeno, sobreviverá no espectador por mais alguns momentos após seu fim e deixará um gostinho de satisfação por um bom tempo antes de ser esquecido, se é que será.

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