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sábado, 12 de março de 2011

A Trilha: suspense com muitas reviravoltas




Adivinhar quem é o assassino deveria ser a maior diversão de um thriller de suspense. Investigar cada fala e ato dos personagens em busca da verdadeira feição do delinquente costuma ser uma prática recompensadora para os cinéfilos. Entretanto, para total desprazer dos acostumados com esse gênero cinematográfico, está se tornando cada vez mais raro acompanhar um filme em que a identidade do criminoso seja difícil de ser identificada antecipadamente, afinal boa parte das películas são frutos de roteiros e direções previsíveis. Em “A Trilha”, por mais que se tente inovar ao inverter papéis no terço final do longa, até lá o que vemos é um filme sonolento, que não nos dá a mínima vontade de saber quem são os vilões da história. E mesmo depois que os conhecemos, suas motivações nunca são explicadas apropriadamente.



Diferente do propósito da trama “macabra” do longa, estamos diante de um cenário paradisíaco. Os arquipélagos do Havaí serão o palco da mais nova manifestação de uma dupla de assassinos em série. O alvo principal deles: recém-casados. Espalhada por turistas e moradores locais, a notícia dos crimes logo chega aos ouvidos do roteirista Cliff (Steve Zahn) e sua esposa Cydney (Milla Jovovich), casal que pretende ter uma lua-de-mel recheada de muita adrenalina. As trilhas desafiadoras das matas havaianas são o foco dos dois, mas o medo de que sejam as próximas vítimas dos assassinos gera desconfiança a cada nova pessoa com quem esbarram. Um estranho casal a pedir carona na beira da estrada é o primeiro a ser prejudicado pela intensa suspeita de Cliff e Cydney. Sem saberem que rumo seguir na trilha, os dois, no entanto, terão de recorrer a ajuda de alguém que os guie adequadamente. Então surge Nick (Timothy Olyphant), um homem conhecido por sua força física e dono de atitudes um tanto desconfiáveis. Junto de sua namorada Gina (Kiele Sanchez), a dupla acompanhará os recém-casados pelas próximas horas até chegarem a tão desejada praia. Até lá, qualquer barulho ou atitude questionável serão levados em conta, e a busca mútua de prazer e sobrevivência será o objetivo principal de todos.



Escrito e dirigido por David Twohy (“A Batalha de Riddick”), “A Trilha” dedica seus primeiros setenta minutos a praticamente nada substancial. O maior problema é que o roteiro não sabe se procura mostrar as aventuras do casal pelas trilhas havaianas ou se dedica-se a criar suspeitos até a revelação de suas identidades nos minutos finais. Porém, os dois propósitos passam longe de atingir seus objetivos. Os desafios naturais nunca empolgam, assim como o grande mistério do longa. Com uma introdução demasiadamente lenta, o filme dá bocejos de sono de tão desinteressante. E por mais que Twohy tente aumentar o suspense ao esconder fracassadamente o rosto de um personagem suspeito ou criar uma expectativa em torno de uma desafiadora passagem da trilha, o roteiro é tão frágil que não permite que o espectador se interesse em adivinhar quem são os assassinos. Cada pista revelada parece falsa e a tentativa de manipulação da audiência é evidente, como ao tentar fazer de Nick um homem de um histórico de vida que deveria colocá-lo como o número um na lista de suspeitos. Chega a ser risível o quanto a namorada do rapaz se gaba ao descrever as incríveis situações das quais ele já se safou.



Outro incrível erro do roteiro é sempre procurar incluir na história os transeuntes que tiveram um pedido de carona negado. Suas atitudes agressivas jamais convencem, mesmo que David Twohy se esforce para torná-los os assassinos mais críveis da trama. São nesses momentos que a direção atinge um alto nível de mediocricidade ao apelar para o quase sobrenatural (vide a cena em que o casal citado surge do nada) ou para uma chata trilha sonora de suspense.Tecnicamente, aliás, o filme também é uma tragédia, com destaque negativo para a fotografia e a edição. Mesmo com um dos mais belos cenários do mundo, o fotógrafo Mark Plummer (“Pulse”) é incapaz de fazê-lo bonito aos olhos dos espectadores, sempre apostando em escuras tomadas internas das matas ou das cavernas. Já a edição de Tracy Adams, tradicional parceiro de Twohy, é das mais desempolgantes, dando a impressão, ao final da sessão, que acabamos de assistir a um longa de quase três horas de duração. E o que dizer da escolha dos assassinos do filme? Interessante e ousada, mas que deixa “furos” ao longo de toda a história. Não basta querer que qualquer pessoa se torne o criminoso, é preciso explicar suas razões e mostrar a dubiedade de suas personalidades durante a trama, o que não acontece em “A Trilha”. Por mais que a película tente responder a todas essas questões através de um flashback gigantesco, ele não é suficientemente convincente. Assim como o personagem de Cliff, David Twohy precisa de mais algumas aulas de roteiro para fazer uma história no mínimo divertida.Mesmo com o crescimento de ritmo em suas sequências finais, “A Trilha” possui um dos desfechos mais vergonhosos dos últimos tempos. Na tentativa de punir os criminosos e incapaz de criar uma situação plausível para isso, Twohy inventa um desentendimento absurdo entre o casal assassino que culmina em um dos atos mais inconsequentes de uma Polícia na história do cinema. Mas como se não bastasse, ainda há um espaço para sorrisos na última cena. Nem mesmo o talento de Milla Jovovich para filmes de ação consegue salvar o enorme fracasso que é “A Trilha”.


TRAILER DO FILME:


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