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terça-feira, 31 de maio de 2011

Planeta Terror de Robert Rodriguez





Quando Grind House ainda era dois longas-metragens pelo preço de um, antes do esquartejamento para o lançamento fora dos Estados Unidos, um crítico de lá fez o comentário fundamental: em seu segmento, À Prova de MorteQuentin Tarantino filma como quem passou a adolescência inteira frequentando as grindhouses, os cinemas setentistas com sessões duplas de filmes trash-malditos, enquanto Robert Rodriguez filma o seu Planeta Terror (Planet Terror, 2007) como quem só ouviu falar degrindhouse.Não há, essencialmente, um demérito aí, mas uma constatação. Como diz Marley Shelton Rose McGowan em cena de Planeta Terror, todo talento inútil um dia serve para alguma coisa. E o talento inútil de Rodriguez é justamente o da mimetização. Ele não precisava ter assistido a nenhum film noir para reproduzir o porte de uma mulher fatal em Sin City - o mundo de signos do noir já é parte do imaginário popular, como também é o universo do faroeste revisitado pelo cineasta na trilogia do mariachi. Da mesma maneira, Rodriguez pode até ter ignorado a era de ouro dos exploitations, mas isso não o impede de saber como se alastra um contágio zumbi.




A saber: os zumbis canibais de Planeta Terror não são desmortos propriamente ditos (pelo menos não todos eles), mas pessoas infectadas por um gás tóxico que o exército dos Estados Unidos utilizou sem medida nas campanhas no Oriente Médio. Por um acaso, o gás se alastra em uma cidadezinha, daquelas com dançarina go-go, xerife e dinner de beira de estrada. O grupelho de sobreviventes, que tem alguns cartuchos para gastar com a horda de alvos lacerados, é mais eclético do que o de costume: tem babás gêmeas, amante latino, anestesista com filho a tiracolo e a já famosa moça com a perna calibre .45.




Se o cinema de Tarantino é o da homenagem, o de Rodriguez é o da reciclagem, frequentemente pela via da paródia. O primeiro infectado a surgir na tela ainda não desenvolveu nenhum sinal visível de alteração física; daí o médico pede para ele abrir a boca e o cara está com a língua cheia de pústulas. Depois, o próprio Tarantino aparece em cena, como um militar sádico que pretende estuprar a heroína - o problema é que o gás transformou seu pênis em um mingau.É da colagem dessas pequenas sacadas, com fio dramático mínimo e muita borracha, sangue falso e maquiagem, que Planeta Terror tira a sua força. O problema é que piada, especialmente paródica, tem vida curta. E a obra de Robert Rodriguez, definitivamente, não foi feita para durar. (A não ser que você seja fã de carteirinha do cineasta - daí tem citações e auto-referências a se encontrar em Planeta Terror por um loooongo tempo, sem contar as ligações com À Prova de Morte.)

TRAILER DE PLANETA TERROR:

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